Inovação e tecnologia: o que estrutura uma Startup?
Conheça mais sobre o modelo de negócio que existe por trás de grandes iniciativas que ajudam a sociedade
Pense em grandes empresas como Google, Paypal, Linkedin e Airbnb. Todas elas têm uma coisa em comum: são empresas que surgiram como startups. O novo modelo de negócios tem ganhado cada vez mais espaço no mercado. Essas empresas propõem soluções, com objetivo de movimentar a economia e revolucionar o ambiente de trabalho. Para fazer isso, as startups criam novas dinâmicas de negócios como, por exemplo, a inovação aberta.
As startups são responsáveis pelo desenvolvimento de novas tecnologias e abertura de novos mercados, gerando assim diversos empregos. De acordo com dados da Fundação Kauffman, essas organizações são responsáveis pela criação de mais de 50% dos empregos formais no Brasil. A Associação Brasileira de Startups (ABSTartups) afirma que no país o salto chegou a ser maior entre 2015 e 2021 - chegando a 200% de crescimento.
O estado de Santa Catarina, por exemplo, é o quarto estado com maior faturamento em tecnologia proveniente deste tipo de negócio, atrás apenas de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, segundo levantamento da InfoMoney em 2021.
As startups, portanto, já são parte da realidade brasileira. Contudo, o assunto ainda é pouco discutido e debatido. Pensando nisso, o podcast Conexões Inovadoras foi criado. No primeiro episódio, os convidados foram Leonardo Rios, CEO da startup SOLLO, e Gustavo Pereira, CEO da startup Negócio Animal. Você pode conferir a conversa abaixo:
Mas afinal, o que é uma startup?
O modelo de negócios é baseado no empreendedorismo por oportunidade. Na prática, isso representa a ideia de pequenas empresas, geralmente de base tecnológica, que ofereçam um serviço repetível e escalável. Ou seja, que a empresa possa crescer oferecendo basicamente o mesmo produto ou serviço a seus clientes.
Christian Krambeck, um dos fundadores da trilha de inovação da FURB, explica que as startups são empresas que nascem a partir da ideia de resolver um problema universal. “Geralmente trabalha em torno de um problema detectado das pessoas e/ou da sociedade e procura de forma bastante focada para resolver esse problema específico com alguma solução que resolva a dor das pessoas”, conta.
Do ponto de vista jurídico brasileiro, uma startup é uma empresa, ou sociedade cooperativa simples que tenha faturamento de, no máximo, 16 milhões de reais ao ano e que tenha até 10 anos de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Por isso, empresas citadas no início deste texto já não mais consideradas Startups, pois arrecadam mais que 16 ilhões ao ano. Outros exemplos nacionais incluem: Nubank, GuiaBolso, QuintoAndar, Loggi, Contabilizei, Creditas e Amaro.
Startups no Brasil
O cenário brasileiro de startups é composto por 11.562 empresas, segundo o levantamento que a Cortex Intelligence divulgou em 2022. Os resultados e as áreas de atuação dessas startups podem ser conferidos no infográfico abaixo:
Em 2021 foi aprovado no Brasil o Marco Legal das Startups, que visa a desburocratização na criação e o andamento de empresas dessa natureza no país. O documento visa a respeitar as particularidades deste modo de negócios em termos de investimentos, trabalho e pagamento de tributos. A partir dele, os órgãos governamentais passam a ser estimulados a contratar serviços e comprar produtos de startups. Para isso, terão modelos especiais e simplificados de licitação.
Startups no mundo
Segundo a StartupRanking, os Estados Unidos são o país com mais startups em todo o mundo: são quase 80 mil. A Índia vem em segundo lugar com 12,8 mil. Para a StartupBlink, São Francisco, Nova Iorque, Londres, Los Angeles e Boston são as melhores cidades, respectivamente, para quem deseja apostar neste modelo de negócio.
Tecnologia dentro das startups
O uso intenso da tecnologia é uma das “condições” de existência das startups. Marcel Hugo, coordenador do curso de Ciência da Computação da FURB, aponta que um dos usos das tecnologias nesse mundo são as diferentes formas de relacionamento com o cliente. O principal ponto é não ser necessário estar presente fisicamente nem em sincronia com o seu cliente, pois o negócio é “acessível em qualquer lugar e a qualquer hora”. Além disso, ele ainda diz que “todas essas características acabam empurrando a necessidade de se servir de tecnologia para que você possa entregar esse negócio inovador e disruptivo".
A posição mais notória comum às startups é a do Chief Technology Officer, o CEO, ou seja, o executivo de tecnologia de um negócio. É o “guru”, que responde por todas as decisões às políticas e os procedimentos de uso tecnológico para atender aos negócios da organização a fim de atingir seus objetivos. “Esse cargo é fundamental para dar o norte de como a empresa irá se desenvolver tecnologicamente", completa Hugo.
O modelo de negócios das startups faz com que os clientes utilizem mais a tecnologia. Hugo descreve que o mundo está cada vez mais ‘Figital’ (mistura de físico com digital), devido à oferta de novos produtos e serviços. Ele finaliza dizendo que as startups “ajudam a melhorar o nível tecnológico do mundo, seja pela ampliação do uso da tecnologia ou pela busca de novas tecnologias para fazer coisas diferentes e inovadoras".
SOBRE NÓS
Este conteúdo foi desenvolvido pelos alunos do segundo semestre, do curso de Jornalismo da FURB, em 2022. Nessa edição preparamos um material aprofundado sobre Startups a partir do podcast "Conexões Inovadoras", também produzido pela turma em parceria com o Centro de Inovação Blumenau, durante a disciplina de Jornalismo Digital.
REALIZAÇÃO
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